DOADORAS E RECEPTORAS DE ÓVULOS
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TRATAMENTO DA DOADORA

A doadora será submetida a um tratamento convencional de fertilização in vitro - FIV.

A técnica é relativamente simples e sua execução pode ser dividida em 6 fases:

TRATAMENTO DA DOADORA

FIV 1ª FASE - Bloqueio dos hormônios do organismo

Consiste no bloqueio inicial do funcionamento dos ovários com medicação adequada. Esta medicação é chamada de Agonista do GnRH. Com essa técnica, garantimos com maior precisão o acompanhamento do desenvolvimento folicular (óvulos) bem como o dia da captação dos mesmos. Após essa fase inicial de bloqueio, são realizadas dosagens hormonais e exames ultra-sonográficos que comprovam o estado de "repouso" do sistema reprodutor. Este bloqueio pode também ser realizado numa fase mais tardia, ao redor do 7º/ 8º dia do ciclo, após já ter sido iniciada a estimulação dos ovários. Esta medicação é chamada de Antagonista do GnRH. A decisão pelo bloqueio precoce ou tardio vai depender de cada caso.

FIV 2ª FASE - Estímulo do crescimento dos óvulos

Após o bloqueio, passamos, a seguir, à Fase de Estimulação propriamente dita, quando medicamentos injetáveis são administrados. As dosagens são reguladas de acordo com as necessidades e pelos exames realizados sistematicamente durante esta fase (hormônios e ultra-som).

Em um momento adequado, é administrado um medicamento específico para ocorrer a maturação ovular e realizamos a ASPIRAÇÃO DOS ÓVULOS ao redor de 35 horas após. As doses e os horários das medicações têm influência direta no horário da captação dos óvulos. Os efeitos colaterais são discretos e os mais comuns desses medicamentos são dores de cabeça, perda de apetite, dor abdominal e dor no local das injeções. Nesse último caso, a massagem e o calor local (compressas) podem aliviar esses sintomas.

FIV 3ª FASE - Aspiração e recuperação dos óvulos

TRATAMENTO DA DOADORA

A paciente deverá comparecer à Clínica de Reprodução Humana aproximadamente 34 horas após a administração do último medicamento (HCG). Em jejum, em horário pré-estabelecido em uma sala adequada, será dada uma medicação para relaxar e dormir alguns minutos. Com auxílio do ultra-som, uma agulha especial e um aparato para sucção, os óvulos são colhidos por via vaginal e encaminhados para análise. Em +/- 60 minutos em um quarto em repouso, a paciente será liberada, podendo executar atividades normais no mesmo dia, mas que não exijam destreza ou concentração (24 horas).

AMOSTRA SEMINAL: Será colhida no dia da aspiração. Após a preparação adequada, a amostra será examinada e encaminhada para o processo de fertilização.

FIV 4ª FASE - Fertilização dos óvulos

TRATAMENTO DA DOADORA

Os óvulos após a ASPIRAÇÃO são separados, cultivados e classificados quanto à sua maturidade. Posteriormente, a fertilização poderá ocorrer de duas maneiras:

1) FIV convencional: Os óvulos são colocados em uma incubadora no laboratório, junto dos espermatozóides, em condições ambientais semelhantes às encontradas na trompa uterina - local onde normalmente ocorre a fecundação.

2) ICSI Injeção IntraCitoplasmática do eSpermatozóIde; Quando a quantidade de espermatozóides for pequena, os óvulos serão fertilizados através da micromanipulação dos gametas injetando-se um espermatozóide em cada óvulo. Em casos especiais em que houver problemas mais graves de espermatozóides podem ser utilizadas técnicas avançadas como a IMSI Intracytoplasmic Morfologically Select Sperm Injection), também chamada de Hight Magnification Morfological Selection, Super ICSI ou "ICSI de Alta Magnificação" (www.ipgo.com.br/imsi.html)

Em ambas as técnicas, após 18 hs da coleta dos óvulos, é confirmada a fertilização e, assim, passam a se chamar EMBRIÕES.

Atualmente com a alta tecnologia dos laboratórios em identificar os melhores, o numero de embriões transferidos, raramente ultrapassa a2.

FIV 5ª FASE - Transferência do(s) embrião(ões) para o útero

TRATAMENTO DA DOADORA

Novamente, de 2 a 5 dias após a aspiração dos óvulos, a paciente deverá retornar a Clinica de Reprodução Humana no horário pré-determinado e sem estar em jejum. Sem necessidade de anestesia, é introduzido um pequeno cateter pela vagina em direção ao colo do útero até atingir a cavidade uterina (semelhante à Inseminação Artificial). É um momento nobre e delicado. A transferência de embriões deve ser da maneira menos traumática possível. A passagem do cateter deve ser um movimento delicado, pois as chances de gravidez têm muita ligação com este momento. Trata-se de um procedimento simples, mas que exige tranqüilidade, um bom relaxamento da paciente e experiência do médico. Após essa etapa, a paciente ficará deitada por cerca de 20 a 30 minutos, retornando posteriormente para casa com atividades físicas limitadas e orientada sobre as restrições deste período de espera do resultado que virá pela frente.

FIV 6ª FASE - Suporte hormonal

Após a transferência dos embriões, realizamos um controle rigoroso das condições hormonais a fim de mantê-los em níveis satisfatórios para um adequado desenvolvimento embrionário intra-uterino. Assim, ao redor do 5º dia após a aspiração (ou coleta) dos óvulos é realizado um exame de sangue para esta avaliação, o qual é repetido no 11º dia após a transferência juntamente com o Teste de gravidez. Se houver necessidade, são modificados ou acrescentados hormônios para normalizar eventuais deficiências.


IMPORTANTE
Os critérios aceitos para definir quem pode ser doadora de óvulos são variáveis de acordo com a resolução vigente do CFM (Conselho Federal de Medicina) na época do procedimento.